FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Manuseio e Manutenção das cânulas

O manuseio dos pacientes neurológicos com disfagia orofaríngea é muitas vezes difícil. O manuseio do paciente com disfagia orofaríngea e traqueostomizado é mais difícil ainda, necessitando de cuidados intensos para a redução das complicações.

Os cuidados com a traqueostomia e suas cânulas iniciam-se durante a sua própria realização, pois complicações imediatas, tais como sangramento, enfisema subcutâneo e faslsos trajetos, não são infrenquêntes, sendo muitas vezes dependentes  das condições da realização da traqueostomia. Situações emergenciais agudas, anatomia carvical com acesso difícil da traquéia e pacientes pouco colaborativos ou com grande desconforto respiratório trazem maior risco de complicações imediatas.

A primeira troca da cânula traqueal deve ocorrer sete dias após o procedimento, quando o trajeto peritraqueal já estiver bem definido.Se o paciente for portador de cânula plástica com cuff, esta deverá ser trocada a cada trinta dias no máximo.

Quando o paciente recebe alta hospitalar com a cânula de traqueostomia metálica, os mesmos cuidados com a troca devem ser observados, e a enfermeira do home care deve trocá-la diariamente. Se não for possível, o próprio paciente ou um familiar pode realizar a troca da cânula.

A realização da limpeza é realiza com os seguintes itens:
1. Reconhecer a necessidade de limpar e trocar a cânula
2. Remover a cânula interna.
3. Limpar a cânula interna.
4. Inserir a cânula interna.
5. Preparar o equipamento para a troca da cânula.
6. Retirar a fita de fixação do pescoço.
7. Retirar a cânula.
8. Limpar a cânula externa.
9. Inserir a cânula externa e depois a interna.
10. Limpeza da pele e fixação da fita no pescoço.

Nos casos dos pacientes pediátricos, o ensinamento da troca da cânula é realizado pelas mães.

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