A válvula de fala é indicada aos pacientes traqueostomizados ou dependentes de ventilador mecânico que tem a capacidade de articular fonemas.
Para a sua indicação é necessária uma avaliação multiprofissional, pois é de suma importância que o paciente não esteja apresentando riscos de aspiração, devendo consequentemente ter o reflexo da deglutição presente e adequado. O uso da válvula beneficia os pacientes que são portadores de malformações de laringe e de traquéia congênitas ou adquiridas; doenças respiratórias (apnéia do sono, displasias broncopulmonares, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência respiratória aguda); vasculares (acidente vascular cerebral, neoplasias cerebrais, afecções cardíacas); traumáticas (traumatismo cranioencefálico, raquimedulares, ferimento por arma de fogo, contusões pulmonares) ou degenerativas (miastenia gravis, distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, síndrome de Guillain-Barré e AIDS).
É contra indicada para casos de laringectomias totais, paralisia bilateral de pregas vocais, estenoses laríngeas e traqueais graves, para pacientes em estado clínico grave e casos de nível cognitivo rebaixado.
Vantages: aumento da ventilação e oxigenação, filtragem aérea prevenindo infecções, diminuição das secreções, aumento da sensação olfatória, diminuição do esforço vocal, aparecimento ou retomada da fala com som, emissões mais longas e mais fortes, prosódia e qualidade vocais mais normais e ajuda no processo de desmame do ventilador e traqueostomia. Também atua na restauração da pressão positiva fisiológica, melhorando a deglutição, mas sua principal vantagem é o baixo custo e sua praticidade. Resulta em uma melhora considerável na qualidade de vida do paciente, pois o mesmo passa a comunicar-se verbalmente, sendo compreendido pela equipe médica e seus familiares, ajudando a reduzir seu tempo de internação.
É importante destacar que durante o primeiro teste de colocação da válvula de fala o fisioterapeuta esteja atuando em conjunto com o fonoaudiólogo, pois podem ser necessários ajustes no ventilador durante a colocação da mesma.
Benefícios: fala com sonoridade (o ar passa a ser redirecionado para as pregas vocais); melhora da deglutição; auxílio na decanulação; maior controle sobre as secreções; melhora do olfato; melhora da pressão pulmonar; melhora do paladar; fala ininterrúpta e com maior intensidade, sem precisar ocluir com o dedo o traqueostoma.
Bibliografia consultada: Vidigal e Gonçalves. Pacientes traqueostomizados e dependentes de ventilador. In: Furkim e Santini. Disfagias Orifaríngeas. Vol.1. 2008.
Gostaria de saber se uma paciente que é dependente da máscara de venturi no TQT 24h e que tem um padrão dispnéico praticamente todo o dia e tem quadro broncoaspirativo teria condição desta valvula. A paciente faz uso também, por pouco tempo da cânula fenestrada, porém com O2 direto no nariz. Articula bem e fala bem com a fenestrada, porém apresentando dispnéia. Preciso desta orientação.
ResponderExcluirMaria Claudia fonoaudióloga.
gostaria de saber se tem uma idade mais indicada para colocar a valvula, pois tenho um filho de 4 meses que tem traqueo. hoffmannvanusa@gmail.com
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